quarta-feira, 24 de abril de 2013

Porque temos medo? Evolução, medo e filmes de terror.

Ei você... Você sabe que eu estou falando de você. Sabe aquelas historias de Terror que te contaram quando você era criança, ou as historias que você contou para assustar uma pobre mente perturbada ?(rsrsrs)
Então... Nesse post eu vou tentar explicar cientificamente oque acontece em nosso cérebro quando acontece situações como essas. 
Esse assunto veio atona quando meus alunos do 9º ano estavam pesquisando sobre filmes de terror que poderiam causar medo, e eu, como um excelente professor expliquei que a industria cinematográfica pensava nos mínimos detalhes para " efetivamente" entrar na mente dos telespectadores. 
Para dar uma ideia de como esses filmes ou histórias são projeções cerebrais causadas pelo poder da voz ou da imagem, eu usei minha didática, para contar uma historinha de terror para meus queridos ( que por sinal ficaram todos " cagados " ).
 Sem mais, ai vai...



O Exorcista

O sentimento de medo certamente foi útil para a sobrevivência da espécie. Imagine um homo sapiens que não sentisse medo algum de entrar no meio de um bando de leões e matar um dos filhotes por exemplo, o resultado é previsto.


A Hora do Pesadelo

Mas então como surgiu o medo? Para resolver este problema, o nosso cérebro encontrou uma adaptação com efeitos positivos, tornando-se um mecanismo eficiente o bastante para nos manter longe de riscos (predadores naturais e outros perigos), mas que não nos deixasse no outro extremo, sentido medo de todo perigo em potencial. Então logicamente haver alguma recompensa caso enfrentássemos algum perigo e saíssemos vivos. E é exatamente isso que acontece. Logo após sairmos do estado de alerta do medo, o cérebro libera uma substancia chamada dopamina, que nos acalma e nos dá uma sensação de prazer


                Poltergeist, O Fenômeno

Mas se o medo serve para evitar algum perigo, porque gostamos de assistir filmes de terror? Primeiramente é importante lembrar que o medo sentido em filmes de terror sobre sequestro, não é o mesmo tipo de medo que sentimos ao sermos realmente sequestrados (e é claro que você não precisa ser sequestrado para saber disso). Temos alguns mecanismos (outra hora irei detalhar melhor) que nos fazem interpretar os pixels que aparecem na tv como pessoas (e não como milhares de pixels coloridos), e a partir disto podemos ter empatia para com esta. Empatia, em uma definição simples, é a ‘capacidade de se colocar no lugar do outro’, e a partir disso podemos sentir medo vendo um filme.




Essa empatia também explica o porque de não sentirmos medo ao ver um monstro mal feito, como no clássico exemplo do filme ‘the giant claw’, onde um monstro provocou risos ao invés de pavor, declarando o fim da carreira do diretor Fred F. Sears (se você não conhece a história desse filme, clique no link do fim do post). Mas quando o filme é muito bom, podemos entrar até demais no clima, surgindo algumas ‘paranoias momentâneas’ (como a vez em que eu liguei para a minha irmã logo depois que ela assistiu o filme ‘o chamado’). Resumindo: precisamos entrar no clima do filme. Mas porque?



Lembra da dopamina, citada anteriormente? Pois saiba que ela é a culpada. A sensação de bem estar é algo quase viciante, porém se estamos sempre calmos, não tem porque o cérebro libera-la. A dopamina age no corpo dando-nos a sensação de prazer e motivação, e é isso que buscamos ao ver filmes de terror, essa sensação de que ‘sobrevivemos ao perigo’.

Quanto a essa ultima explicação, existem teorias que formulam que não seria exatamente isso, mas justamente o fato de identificarmos como um perigo irreal, mas para mim a primeira faz mais sentido.

Bom, é isso. Deixem seus comentários sobre o post...

Abraços.
Junior Braga

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